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  Foto:      Ojo de Mariposa Wikipédia, cc

Elevador, Praça Cairú e Palácio Rio Branco

Sep 22, 2018

  Praça Cairú

Reúne alguns pontos importantes da cidade: o Mercado Modelo, o Monumento a Cidade de Salvador, a Estação Inferior do Elevador Lacerda, a Igreja da Conceição da Praia, a Capitania dos Portos, o Terminal Náutico Turístico e mar adentro, o Forte de São Marcelo.  

 É da Igreja da Conceição da Praia que sai o cortejo de Nosso Senhor Bom Jesus dos Navegantes e vai em procissão pelo mar até a Igreja da Boa Viagem. Também é daí que sai o cortejo de baianas que segue em procissão para a  Lavagem do Bonfim.

A Praça Cairu foi construída no final do século XIX e recebeu o nome de José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairú, um notável político baiano que recebeu também um monumento em sua homenagem nessa mesma praça.  

 

Foi o  Visconde  quem influenciou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas e o fim da proibição da instalação de manufaturas no país. Isso foi decisivo para a independência do Brasil.

Era um idealista e se tornou um dos principais mentores do desenvolvimento brasileiro tendo também lutado pela criação de uma universidade no Rio de Janeiro.

Essa belíssima foto mostra a Praça Cairú antiga, ainda com o primeiro Mercado Modelo. Ao longo da praça,   podemos ver os casarios antigos, muitos dos quais existem até hoje.    Foto: Salvador Antiga Fotos Raras, Valter M N

Onde antes era o Mercado Modelo está agora o Monumento a Cidade de Salvador, criado por Mário Cravo, um escultor baiano.      Foto:   Wikimapia

Na Capitania dos Portos da Bahia, é onde está centralizada a administração da Marinha do Brasil do 2º Distrito. (entre a divisa de Alagoas/Sergipe até a divisa da Bahia com Espírito Santo)  Foto:  Wikipedia

O Forte de São Marcelo ao fundo e o Terminal Turístico Náutico.     Foto:  Wikipédia,  Nard The Bard

Elevador Lacerda

O Elevador Lacerda tem 72 metros de altura, 2 torres, vários corredores e a viagem dura 22 segundos.           Foto:   WikiLoves, Ciro Amado  

Um dos grandes ícones da cidade de Salvador, o Elevador Lacerda, é o primeiro elevador urbano do mundo e dentro de suas característica também o mais alto do mundo.              
Faz o transporte público de Salvador entre a Cidade Baixa e a Cidade Alta, transportando aproximadamente mais de 800 mil passageiros por mês, tendo uma média de 28 mil pessoas por dia. Opera 24 horas por dia e a passagem custa R$0,15 centavos de real por passageiro.
 
Seu primeiro nome foi Elevador Hidráulico da Conceição da Praia e foi idealizado pelo visionário baiano Antônio de Lacerda para articular o transporte urbano entre a cidade baixa e a cidade alta.

Por uma questão de segurança. quando o elevador começou a funcionar os passageiros tinham que ser pesados.           Foto:   Apresentação Bahia Antiga

                                                                                                                       
O Elevador Lacerda originalmente tinha apenas uma torre e dois elevadores. Foram feitas várias reformas e em uma delas o sistema foi eletrificado. Em 1930 ele adquiriu a aparência que tem agora, com a arquitetura completamente mudada para art decó. E as 2 cabines iniciais foram ampliadas para 4 com capacidade para 27 passageiros cada.   

Corredores do Elevador Lacerda 

Visão Panorâmica do vão entre as torres 

Sorveteria A Cubana uma das mais antigas da cidade.

Cabines do Elevador Lacerda 

Praça Tomé de Souza e Palácio Rio Branco

 

Quando Francisco Pereira Coutinho o primeiro donatário das Capitanias Hereditárias aqui chegou, fundou o Arraial do Pereira, na Barra. Ele prosperou durante algum tempo tendo estabelecido alguns engenhos e culturas de cana de açúcar, algodão e tabaco. Mas devido a conflitos ele acabou sendo morto pelos Tupinambás, o que fez com que seus herdeiros vendessem a Capitania a Coroa Portuguesa. Diante da tragédia, a Coroa resolveu então, mandar Tomé de Souza ao Brasil com a tarefa de fundar a Cidade de Salvador e ser seu primeiro governador.   

Foi aqui, nesse local, que tudo começou. A Praça Tomé de Souza foi a primeira praça do Brasil. A Casa do Governo, primeiro nome do Palácio Rio Branco, foi construída em taipa e coberta de palhas para ser a sede do governo, em 1549.  No Século 18 passou a se chamar de Palácio do Governo.

 Essa ilustração publicada em 1627, retrata a Casa do Governo já com a torre mandada construir por Mem de Sá, em 1558Salvador Turismo,

 O Palácio no final do século 19  Foto:  Salvador Antiga

 Em 1912 porém, aconteceu o impensável: o então Presidente do Brasil Hermes da Fonseca num gesto vergonhoso, mandou que ele fosse bombardeado para assegurar que seu protegido J.J. Seabra vencesse as eleições na Bahia, reduto eleitoral de Ruy Barbosa, seu oponente. 

 Aparência do Palácio quando foi bombardeado em 1912          Foto:  Salvador Antiga

 O Palácio do Ro Branco reconstruído       Foto:  Wikipedia, Webysther

Foi um episódio triste na história da Bahia em que por conta de um habeas corpus que o então Governador Aurélio Viana, ex Presidente da Câmara, não acatou, o Forte de São Marcelo abriu fogo contra a praça  e destruiu o Palácio e vários prédios centenários, incluindo a Biblioteca Pública, com rico acervo e livros raros. O Palácio foi reconstruído em 1919 e rebatizado com o nome de Palácio Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco.

Interior do Palácio            Foto: Divulgação IPAC

Interior do Palácio  Foto:  Wikipedia

Interior do Palácio  Foto:  Dicas do Nosso Brasil

José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão do Rio Branco, recebeu o título concedido pela Princesa Isabel em reconhecimento aos muitos serviços prestados ao país. Ele era carioca e filho do Visconde do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos. Foi ele quem delimitou o contorno do Brasil, consolidando nossas fronteiras e incorporando ao território nacional mais de 900 mil km2  sem conflitos armados. É considerado o patrono da diplomacia no Brasil e o Instituto Rio Branco, é o responsável pela seleção e treinamento dos diplomatas de carreira do governo brasileiro. 

Sacadas do Palácio  Foto:  Dicas do Nosso Brasil

 A Capital do Acre chama-se Rio Branco também em sua homenagem e seu rosto estampou a nota de 1.000 cruzeiros.

Durante muitos anos usou-se chamar os cruzeiros de “barão” e até hoje na gíria popular uma pessoa rica é chamada de “Barão”.        

Nota de Cr$1.000,   Foto:  bcb.gov

A Bahia de Todos os Santos é uma reentrância da costa litorânea brasileira, denominada pelos Tupinambás como Kirimurê  que significa “grande mar interior”. Ganhou esse nome em 1501 quando Américo Vespúcio esteve por aqui com Gaspar de Lemos que veio mapear as novas conquistas de Pedro Álvares Cabral. Como era o dia 1º de Novembro, dia de todos os santos, assim foi batizada. 
 
Em 1510 já existia um pequeno povoado formado pela primeira família documentada brasileira, o náufrago Diogo Álvares Correia que casado com Catarina Paraguassú uma jovem tupinambá, já recebia e prestava assistência aos navios que por aqui passavam. Em 1536 foi fundada a primeira vila por Francisco Coutinho, Arraial do Pereira que foi destruída pelos tupinambás. E em 1549 Tomé de Souza fundou a cidade. 
 
Até o século 19 era a maior cidade do Brasil, a segunda da Corôa Portuguesa perdendo apenas para Lisboa e uma das maiores da América. O Porto de Salvador acabou sendo um dos maiores exportadores do Hemisfério Sul.  Tudo isso fez com que Salvador, recebendo pessoas do mundo todo, se tornasse extremamente rica em cultura, diversidade e patrimônio histórico. Conhecer a história de Salvador é conhecer a história do Brasil.
 

 

Aproveite para ver a vista da sacada das varandas em 5 níveis do Palácio!

É uma bela recordação!

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